Passagem

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Estive em silêncio.
Há pessoas que quando se sentem mal a criatividade simplesmente cessa e se cala e, atrevida, nega-se a contar ou expressar palavra, senão o silêncio. “Funciono” desse modo, pertenço aos tipos que deixam de ouvir as vozes interiores quando a vida, no lá fora, se torna fria e dura.
As poucos, no entanto, uma certa “ordem” se avizinha. Não a “ordem” típica ao dever, mas a “ordem” que se segue ao caos e toda a névoa que lhe segue, cegando-nos e/ou sangrando-nos.
A vida é longa, já penso assim. E cedo ou tarde os impasses conhecem um fim. E não que tenhamos qualquer controle sobre isso.
Digo aos amigos que simplesmente aprendi a aceitar a não-linearidade de alguns caminhos. Somos o que somos ainda que nos esforcemos para sermos melhores…
O sentido principal, talvez, resida no árduo objetivo: fazer-se melhor, mas sem negar as próprias imperfeições, incertezas, ou seja, nosso lado “maldoso/feio” e, apesar disso, querer seguir apostando no nosso lado “bondoso/belo”, até porque não consigo dissociar maldade-feiúra e bondade-beleza…
Ferir alguém, física e/ou emocionalmente, é sempre um ato carregado de maldade e de feiúra…
Já a gentileza, a doçura, a compaixão são virtudes que nos revelam pessoas válidas eticamente e mais bonitas. Dá para negar isso?
Andei e ando triste. Profundamente, mas quiçá a vida tome novo rumo. E isso vai passar.
O importante é estar aqui e no agora desejar a tod@s bênçãos e alegrias. Um feliz final de abril, um cálido outono, estação que nos apronta para o inverno e um bom café seguido de torta de maçãs.

Un beso. Cariños.
Eugênia

Sobre Eugênia Pickina

Este blog surgiu de uma necessidade criativa, muito ligada ao desejo de partilhar experiências e perguntas, mas algo independente de prazos ou de Krónos. Pertenci, anos atrás, ao mundo acadêmico (professora de Filosofia do Direito). Mas um dia fui capturada pela terapia floral e hoje procuro me dedicar às práticas de educadora e jardinista (gosto de sugerir essências para crianças, mães/pais, e mesmo todo ser humano que precise de cuidados florais... Atendo também projetos sociais implicados com crianças e famílias disfuncionais/em risco. Para finalizar, porque senão isso fica muito longo, adoro literatura e fotografia e tudo que nos impulsione a viver vivos, levando a sério o fato de estarmos aqui para "mais um dia de colégio"...

Uma resposta »

  1. “Se, ao acordar, posso escolher uma roupa,
    posso escolher também o sentimento
    que vai vestir meu dia.
    Se, no percurso, posso errar o caminho
    posso também escolher a paisagem
    que vai vestir meus olhos.
    A mesma articulação que tenho para reclamar,
    tenho para agradecer.
    E, se posso me adornar com a alegria,
    não é a tristeza que eu vou tecer.
    Que hoje e sempre, seja mais UM BELO DIA”!
    Marla de Queiroz

    DELIBERE SUA ALEGRIA. ISSO NÃO RESOLVE TUDO, MAS, COM CERTEZA, É BEM MAIS PRODUTIVO QUE ALIMENTAR A TRISTEZA E DEIXÁ-LA INSTALADA SEM PRAZO PARA PARA DAR O FORA.
    BEIJO, ANA

      • Você já falou tanta coisa que eu precisava ouvir exatamente naquele momento… Eu que agradeço!

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